01/04/2016

Hulha Negra - Professores paralisam atividades para reivindicar plano de carreira

Cerca de 80% do quadro de professores das três escolas de Hulha Negra paralisaram suas atividades desde a última quinta-feira. A paralisação prosseguirá até amanhã à tarde. No município, apenas professores contratados ainda estão dando aula; a adesão dos servidores públicos do município é total. É o que garante a professora Néri Pinto, da comissão que organizou o ato.

Conforme Néri, a manifestação pede a implantação do plano de carreira para os professores. “Queremos a efetivação de um plano para a categoria que foi discutido, há cerca de quatro anos, com o prefeito Erone Londero. O plano foi uma promessa de governo do prefeito que até agora não foi cumprido e permite que ocorra percentual para cada classe, conforme o tempo de serviço”, explica a educadora.

A professora informa que, ontem, o prefeito posicionou-se em relação ao ato, comentando que entende a situação, mas que não há condições de cumprir com as reivindicações. Sobre a importância da mobilização, Néri ressalta que o ato comprova a união da categoria. “Nesses 24 anos do município, é a primeira vez que os servidores públicos do magistério paralisam para protestar. Nós iremos retomar as aulas na segunda-feira e prosseguiremos com as mobilizações fora do horário de trabalho, pois não queremos prejudicar os estudantes. Mas é evidente que esse ato demonstrou que todos os professores estão unidos por essa causa”, enfatiza.

Posição da prefeitura
Londero reforça que a manifestação dos professores é justa pelas suas reivindicações, no entanto, não há como cumpri-las no atual momento. “Sabemos que foi uma promessa de campanha a implantação de um plano de carreira para a categoria. Porém, desde o ano passado, fizemos um estudo econômico que aponta que, se houver a implantação do plano, a folha já estaria comprometida, em 2017, em mais de 54% do índice prudencial. Em 2020, chegaria a 57%, principalmente para o próximo gestor de Hulha Negra”, declara Londero.

O administrador ainda reforça que quando o plano foi elaborado, a situação econômica do país não era de profunda crise. “Houve um decréscimo em nossa economia. Tivemos uma diminuição em nossa receita e aumento nos custos. Mesmo assim, achamos que a mobilização dos professores é justa, mas no momento não há como atender essa pauta”, salienta o prefeito de Hulha Negra.

Fonte: http://www.jornalfolhadosul.com.br